xiiiii!!!!
Hoje acordei tarde, mas assim que pus o pé no chão tive a notícia que tinha o meu filho Zé e respectiva família à espera para um almoço na D. Manuela, restaurante do "queijinho" palavra-passe do meu André....Foi como sempre delicioso!
Cá fora o sol brilhava todo contente, pois ele em Portugal tem um cantinho especial....Assim, resolvi dar uma voltinha com o sr. Fão pela marginal onde repus energias vendo o mar ondulante e dolente sentindo o vento maroto na cara!

Foi tão bom que até pensei: Sou feliz! pelo menos neste instante!

A felicidade tem de ser construída por nós, nas pequeninas coisas, ser feliz faz que tudo o que nos ensombra e deita abaixo, seja pouco relevante...pelo menos para mim!

Por aqui fico, desejando a todos os meus queridos uma semana FELIZ!!!!!!!

FELICIDADE FOI EMBORA, CAETANO VELOSO

Hoje queria dizer algo bonito, mas...céu cinzento, chuva miudinha e algum friozinho...me fazem sentir nostálgica e um pouco zururuca...

Adorava falar de cores, de bem quereres,  de soltar cabelos ao vento, mas só me lembro de uma lareira fofinha que minha avó Maria de Jesus acendia em dias como este,  no meu Galisteu...último reduto dos meus antepassados beirões! Como era bom! Chouriços pendurados na cozinha esperando estarem prontos para serem degustados num arraial familiar?!!!!!

E o vinho rosé que o avô Manel fazia? Ai Deus meu foi preciso crescer um pouco(?) para saborear todos os prazeres de outrora!

É o que dá um dia cinzento, uma memória saudosa e uma vida embora algo vivida mas ainda a viver o dia a dia, cheio de surpresas, tristezas e muitas alegrias!

Estas são algumas saudades da avó....

Hoje chegou uma saudadezinha da rua onde em menina me tornei adolescente e vivi uma paixão linda pelo vizinho das traseiras , o  Manecas, mais velho uns "largos" anos, que coisa louca, mas que só de pensar nele, adormecia  e me deixava  levar em sonhos de muitas cores a um reino longínquo, bem longe daquela rua, para lá dos seus cheiros, brigas das peixeiras que por ali andavam e do barulho das pessoas passando na calçada.  Claro que este Manecas nunca soube do meu bem querer por ele...A adolescência era linda...

Esta rua me deu alegrias, tristezas e amizades que hoje recordo com o coração cheio de saudade.

Os pregões aqui eram parte do dia e da vida dos seus habitantes. O vendedor da fava-rica, o vendedor de brinquedos de lata e bonecas de papelão... Amendoins enfiados num cordel e rebuçados de côco....  Sinto o cheiro de tudo isto...

No Carnaval havia cortejo de mascarados que à noite geralmente estavam todos detidos na esquadra 25, pois a maluqueira era muita, mas o pessoal vivia a vida tal como ela surgia e sem mais nada a alegria saltava pelos olhos e corações dos foliões...
E nos santos populares? enfeitava-se a rua com papelotes feitos de papel de todas as cores e cola de farinha de trigo...

Havia "robertos" (marionetas) que tinham uma mulher que batia desalmadamente no diabo e uma cabra que fazia equilíbrio em cima de uma lata...

 Como era engraçado o tempo de menina que fui, nestas alturas, pois outras houve que sombras menos coloridas de tristeza o meu coração envolveu, tudo fazendo parte de um crescimento que me tornou a mulher que sou, assim meio louca, meio ingénua, acreditando que o Amor habita em todos os corações...

A minha rua era linda!

Hoje bem cedinho na "nesga" da janela de meu quarto, senti um ventinho malandro, fresco e acaraciante que me pôs a pensar... Olha plantei quatro sementinhas no jardim de minha vida e um leve vento, suave chuva e sol meiguinho me deram uns rebentos que ao longo dos anos e do rodar da terra e do ir e vir das marés se tornaram nos meus queridos filhos, sóis da minha existência afago da minha alma. Uma paleta de arco iris que desabrochou em doze seres maravilhosos que são os meus netos! Todos com a mesma raíz, mas tão diferentes uns dos outros. Destes doze há uma pequenina estrela que alumia o nosso céu todos os dias e pede a Deus por todos nós!
A brisa de hoje me trouxe aromas de alegrias, carícias tão desejadas ao meu coração que anseia por um afago, coração velhote mas novo de um querer e amar sem limites. 

A história do lápis

O André no seu primeiro dia de aulas!

Ainda me lembro do meu primeiro dia na escola nº. 25 de Arroios! Tinha então 7 anitos, estava nervosa e a minha amiga Arlete berrava tanto que a mãe a levou de volta a casa....

Que os passos que o André deu para a sua sala de aula o conduzam a altos voos. Que seja um Homem de bem! 

Agora aguardo fotos dos outros netinhos, que também começaram a sua vida escolar/creche!